quinta-feira, 9 de julho de 2009

A dor da rejeição

(...) “Nunca havia sentido o sabor da rejeição. Não recomendo. É amargo e doloroso. Não sei como consegui sobreviver a um sentimento tão triste. Eu o amava. E mais que isso, queria ser amada também. Era muito difícil para ele? Difícil quanto? O que havia de errado comigo? Por que ele não cedia? Era só uma chance. Eu poderia fazê-lo sentir o mesmo que eu. E só precisava de uma chance...

Naquele momento, nada mais fazia sentido. Eu podia sentir o abrir de uma ferida sem cura. E ela doía. Sempre que minha memória me levava aonde eu não queria estar, a ferida doía. Minhas lembranças eram cruéis. Minha mente caçoava de mim, toda vez em que uma recordação insistia em me perturbar. Eu pressionava minha cabeça enquanto as lágrimas rolavam sem obedecer aos meus comandos. Ouvi passos e abruptamente, as sequei.

Edu parou na entrada do meu quarto, observando-me. Provavelmente, assustado com o inchaço dos meus olhos em decorrência do choro sem fim.

“O que faz aqui?”- perguntei, com um falso sorriso.

“Imaginei como você deveria estar. Sabe que não precisa esconder nada de mim. Estou sempre com você”- ele respondeu ao entrar.

Ele tinha razão. Não adiantaria contribuir para piorar a situação. Edu conhecia-me melhor que qualquer outra pessoa naquele instante. Ele aproximou-se e sentou-se ao meu lado

“Você sofre porque quer, ou porque gosta. Ele nunca vai valorizar a pessoa que você é. Ele não sente por você o que eu sinto.”

Encaramos-nos por alguns instantes, até que meu olhar caiu. Permaneci de cabeça baixa, talvez por timidez, ou porque tentava fugir da situação constrangedora... Não. Estava pensando... Eu cobrava por não ser amada por quem eu desejava, mas não retribuía o sentimento que outra pessoa tinha por mim. Vergonhoso. Tudo o que há alguns minutos eu julgara, fazia parte de mim, então? Era a pessoa desprezível que não cedia; não valorizava quem queria ser feliz ao meu lado e mais: queria que eu fosse feliz. Não. Eu não estava me igualando àquilo. Só poderia ser mais uma brincadeira do destino.

Percebi que havia ficado em silêncio por muito tempo, meus pensamentos viajaram e não fizeram questão de voltar. Pisquei rapidamente enquanto voltava para o presente e ele ainda estava ali, sentado, sua expressão era calma e serena e sua paciência não havia sido abalada. Estou sempre com você.

Fitei seus olhos, que esperavam uma reação surpreendente,mas tudo o que consegui,foi deixá-la escorrer. A lágrima. O grito da tristeza.” (...)

* Frida Torres *

3 comentários:

  1. Uma situação assim é triste mesmo,ah qntas vezes passei por isso até encontrar meu amor,as lagrimas aquele nó na garganta que machuca profundamente as lagrimas que caem sozinhas sem permissao,a dor da rejeição e de rejeitar.. de querer quem queremos nao quem nos quer. custa-se a aprender tal lição mais si nao tentar passará a vida a se arrepender quando seus olhos enxegarem a verdade.

    obrigada sempre sempre pela suas visitas !!

    beijos no coração!
    um otimo final de semana!!

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  2. "Eu cobrava por não ser amada por quem eu desejava, mas não retribuía o sentimento que outra pessoa tinha por mim. Vergonhoso".

    Naum acho vergonhoso, na vdd acho triste. Se pudessemos comandar os sentimentos! Como a vida seria mto mais facil naum? Amarmos somente quem nos ama, valorizarmos somente quem nos valoriza... pena q na pratica eh taum dificil, taum diferente!

    De fato, a dor da rejeicaum eh horrivel, tenebrosa e detona com nossa auto-estima.

    Meu anjo, lindo texto! Vc escreve mto bem! Devia publicar seus escritos!

    Bjos!

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  3. há várias formas de rejeições..
    xD~

    no amor é a pior mesmo.
    mas passa.

    creio nisso
    xD^

    adorei seu blog...
    abraço e te convido a se divertir um tikinho no

    www.bocadekabide.blogspot.com

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